O relator da detenção do deputado federal Chiquinho Brazão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, Darci de Matos, defendeu a manutenção da prisão preventiva do parlamentar, acusado de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
A CCJ está analisando o parecer favorável à manutenção da prisão, que, se aprovado, seguirá para o Plenário, onde a Câmara dos Deputados precisa referendar a detenção por maioria absoluta dos votos em votação aberta. Brazão foi preso por obstrução de Justiça e expulso do União Brasil. O relator argumentou que a imunidade parlamentar não se aplica ao caso e que há indícios de autoria mediata por parte do deputado.
Ele destacou que o estado de flagrância se configura, pois o crime continuava a ser praticado ao longo do tempo. A defesa de Brazão afirmou que a prisão é arbitrária e baseada em presunções. As investigações apontam que o assassinato de Marielle Franco foi motivado por questões fundiárias envolvendo as milícias do Rio de Janeiro, com divergências em torno de um Projeto de Lei na Câmara Municipal.