22 de abril de 2025 - 17:45

Mundo

Fernanda Torres se destaca na votação da LAFCA

Fernanda Torres brilhou na votação da Associação dos Críticos de Cinema de Los Angeles (LAFCA) ao ser finalista ao prêmio de Melhor Performance por sua atuação em Ainda Estou Aqui, de Walter Salles. A brasileira ficou empatada com Demi Moore, de A Substância, na posição simbólica de finalista, mas o prêmio de Melhor Performance foi dividido entre Mikey Madison e Marianne Jean-Baptiste, por Anora e Hard Truths, respectivamente. A categoria não divide os prêmios por gênero, e nenhum ator se classificou entre os mais votados. Além de Torres, Anora se destacou ao receber o principal prêmio da noite, de Melhor Filme do Ano, e o troféu de Melhor Coadjuvante para o russo Yura Borisov, empatado com Kieran Culkin por A Verdadeira Dor. O longa de Sean Baker, vencedor no Festival de Cannes, é considerado um dos favoritos para o Oscar. Outros premiados incluem a animação Flow (Letônia), a trilha sonora de Rivais, composta por Trent Reznor e Atticus Ross, e o diretor iraniano Mohammad Rasoulof, escolhido Melhor Diretor por The Seed of the Sacred Fig. Jesse Eisenberg foi reconhecido como Melhor Roteirista por A Verdadeira Dor. O evento também prestou homenagem ao cineasta John Carpenter, destacando sua carreira marcada por filmes influentes como Halloween e Fuga de Nova York.

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Moção de censura une esquerda e extrema-direita e derruba governo de Michel Barnier na França

Deputados franceses da esquerda e extrema-direita aprovaram nesta quarta-feira (4) uma moção de censura que derrubou o governo do primeiro-ministro Michel Barnier, menos de 100 dias após sua posse. A presidente da Assembleia Nacional, Yaël Braun-Pivet, anunciou a decisão, que obteve 331 votos a favor, superando a maioria absoluta de 288 votos necessários. A moção, aprovada após rejeição do orçamento de 2025, marcou uma aliança incomum entre forças ideológicas opostas. Nomeado pelo presidente Emmanuel Macron há três meses, Barnier, político conservador de centro-direita, enfrentava resistência desde o início de sua gestão devido à falta de apoio parlamentar. O premiê foi escolhido após eleições que deram vitória à esquerda, mas sem maioria suficiente para governar. Sua destituição reflete a instabilidade política na França e transforma seu governo no mais curto da história recente do país.

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Joe Biden concede perdão presidencial a filho em casos de posse de arma e ocultação de consumo de drogas

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, concedeu perdão presidencial ao seu filho, Hunter Biden, em três condenações relacionadas à posse ilegal de armas e à ocultação de consumo de drogas às autoridades. Em um comunicado divulgado pela Casa Branca nesta segunda-feira (2), Biden defendeu a decisão, alegando que seu filho foi alvo de motivações políticas. “Nenhuma pessoa razoável que olhe para os fatos nos casos de Hunter pode tirar outra conclusão além de que foi visado por ser meu filho”, disse o presidente. Hunter Biden, agora com 54 anos, havia sido acusado de mentir sobre o consumo de drogas ao adquirir um revólver Colt Cobra em outubro de 2018, durante um período em que estava lutando contra o vício em crack. A legislação norte-americana proíbe indivíduos que consumam substâncias como narcóticos de comprar armas. Além disso, Hunter também enfrentava investigações sobre seus negócios e não pagamento de impostos, tendo se declarado culpado em setembro de 2024 em nove acusações fiscais federais. Joe Biden reiterou seu compromisso de não interferir nas decisões do Departamento de Justiça desde que assumiu a presidência, mas destacou que o julgamento do filho foi seletivo e injusto. “Há um esforço para quebrar o Hunter – que está sóbrio há cinco anos e meio”, afirmou Biden, ressaltando o impacto das acusações na sua família e na sua própria presidência. Ele também criticou o envolvimento político no processo judicial, que, em sua visão, contaminou a Justiça americana. O perdão presidencial abrange todas as infrações que Hunter possa ter cometido entre 1º de janeiro de 2014 e 1º de dezembro de 2024, incluindo aquelas já processadas ou acusadas. A sentença de sua condenação por posse de arma estava marcada para 12 de dezembro, e as acusações fiscais poderiam resultar em até 17 anos de prisão, enquanto as de posse de arma previam penas de até 25 anos. Donald Trump reagiu à decisão, condenando-a como um “abuso de justiça”. Curiosamente, o ex-presidente utilizou o perdão presidencial durante seu mandato para absolver figuras próximas, como o empresário Charles Kushner, pai do seu genro Jared Kushner.

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Grupos rebeldes islâmicos tomam Aleppo e intensificam conflito na Síria

A guerra civil síria, que já dura mais de uma década, ganhou um novo capítulo neste fim de semana com a retomada de Aleppo, a segunda maior cidade do país, por grupos rebeldes islâmicos. A cidade, que abriga cerca de 2 milhões de habitantes, foi tomada pelos rebeldes que estão em combate contra o governo de Bashar Al-Assad. Em resposta, as forças aéreas síria e russa realizaram intensos bombardeios nas posições dos rebeldes, não apenas em Aleppo, mas também na província de Idlib, controlada por jihadistas. A agência de notícias síria informou que as forças aéreas sírio-russas atacaram locais estratégicos, incluindo quartéis-generais e depósitos de armas dos rebeldes, resultando em várias baixas entre os combatentes. A ofensiva rebelde, iniciada em 27 de novembro, já causou a morte de mais de 300 pessoas, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos. Além disso, a invasão gerou uma fuga em massa de civis da cidade. De acordo com a Presidência síria, Bashar Al-Assad afirmou que a vitória contra os rebeldes será possível com o apoio de seus aliados, destacando que o “terrorismo só entende a linguagem da força”, e que ele será erradicado com o uso dessa estratégia, independentemente do apoio externo. Grupos jihadistas como o Hayat Tahrir al-Sham (HTS), um braço da Al-Qaeda, desempenham papel central na ofensiva contra o governo sírio. Para a professora de Relações Internacionais, Rashmi Singh, a situação na Síria reflete o impacto das potências externas no conflito, com o Hezbollah e a Irã perdendo força após intervenções externas, como ataques de Israel. A guerra civil na Síria, que já matou mais de 300 mil pessoas e forçou milhões ao exílio, é considerada uma guerra proxy, onde as grandes potências, como EUA, Rússia, e aliados do Oriente Médio, usam o território sírio para disputas de poder. O professor Mohammed Nadir, da UFABC, observa que o apoio dos EUA e aliados ocidentais aos grupos jihadistas se alinha à tentativa de enfraquecer o regime de Assad e de suas alianças com potências como a Rússia. Apesar das vitórias recentes dos rebeldes, Nadir acredita que será muito difícil para eles manterem o controle de Aleppo, já que a reconquista será sangrenta, dado o valor estratégico e simbólico da cidade no contexto da guerra.

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Trump nomeia Susie Wiles como primeira mulher chefe de gabinete da Casa Branca

O presidente eleito Donald Trump nomeou Susie Wiles, diretora de sua campanha eleitoral, como chefe de gabinete da Casa Branca, tornando-a a primeira mulher a ocupar o cargo. Reconhecida por ter liderado a campanha de Trump de maneira disciplinada e bem executada, Susie foi vista como a principal candidata para a posição, mesmo evitando o foco das atenções durante a campanha e resistindo ao título formal de diretora de campanha. Essa nomeação é a primeira grande decisão de Trump após sua vitória e representa um teste importante para sua próxima administração, exigindo uma equipe capaz de administrar o governo federal. Apesar de não ter muita experiência em cargos no governo federal, Susie tem uma relação estreita com Trump, sendo capaz de controlar seus impulsos sem confrontá-lo diretamente, conquistando seu respeito e provando que ele se saia melhor quando seguia seus conselhos. Trump, que teve um histórico de alta rotatividade de chefes de gabinete em seu primeiro mandato, espera que a escolha de Susie sinalize sua intenção de construir uma equipe mais coesa. Em uma declaração, Trump destacou suas qualidades: “Susie é dura, inteligente, inovadora e universalmente admirada. Ela continuará trabalhando incansavelmente para Fazer a América Grande Novamente.” Estratégica e experiente, Susie tem uma longa carreira em campanhas republicanas, liderando as campanhas de Trump na Flórida em 2016 e 2020, além da campanha do governador Ron DeSantis em 2018. Ela também tem experiência em campanhas estaduais e presidenciais, e sua habilidade de formar alianças foi crucial durante sua atuação, incluindo sua relação com Robert F. Kennedy Jr. e Elon Musk. Chris LaCivita, colega de Susie durante a campanha, a descreveu como uma pessoa inclusiva, leal e capaz de lidar com as questões mais difíceis de forma direta e atenta aos detalhes, destacando suas qualidades de honestidade e lealdade, que considera fundamentais na política.

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Eleição presidencial nos EUA pode impactar relações diplomáticas e econômicas globais

Nesta terça-feira (5), os eleitores americanos decidirão quem será o próximo presidente dos Estados Unidos, com a democrata Kamala Harris e o republicano Donald Trump disputando a Casa Branca. O resultado promete repercutir muito além das fronteiras dos EUA, dada a influência política, econômica e militar do país no cenário internacional. Segundo especialistas ouvidos pela Agência Brasil, a decisão pode impactar não só áreas de conflito, como Oriente Médio e Leste Europeu, mas também países da América Latina e a relação com a China. Roberto Goulart Menezes, do Instituto Nacional de Estudos sobre os EUA (Ineu), destaca que a vitória de Trump poderia levar ao fortalecimento de alianças com grupos de extrema direita na América Latina, potencialmente influenciando a estabilidade democrática na região. Brasil e América Latina Para o Brasil, a eleição pode trazer implicações nas relações comerciais e políticas. Menezes observa que um governo Trump teria uma postura mais agressiva em relação a alianças ideológicas, enquanto um governo Harris poderia manter uma relação mais diplomática e cooperativa. Virgílio Caixeta Arraes, professor de História da Universidade de Brasília, pontua que a América Latina, apesar de relevante, continua em segundo plano nas prioridades dos EUA, ficando atrás de regiões como Oriente Médio e Sudeste Asiático. Conflito com a China A disputa com a China segue como um tema central na política externa dos EUA. Independentemente do vencedor, a pressão sobre países latino-americanos para reduzir a influência chinesa deve continuar, especialmente em portos estratégicos como os do Brasil e Peru. “Para os EUA, a presença chinesa na América Latina é vista como um risco à segurança, e é provável que a nova administração mantenha essa linha de pressão sobre parceiros comerciais”, afirma Menezes. Orientação nas políticas de segurança e meio ambiente A segurança nacional dos EUA segue sendo um dos principais temas que norteiam sua política externa. Com Trump, o enfoque pode voltar a priorizar uma agenda econômica, inclusive com discurso negacionista sobre questões ambientais, tratando-as como questões econômicas, sem ênfase na crise climática. Em contraste, Kamala Harris, provavelmente, buscaria fortalecer parcerias ambientais com o Brasil, especialmente em relação à preservação da Amazônia. Conflitos no Oriente Médio e na Ucrânia Nos conflitos envolvendo Israel e Palestina e a guerra entre Rússia e Ucrânia, a abordagem dos EUA pode variar dependendo do vencedor. Enquanto Trump sugere reduzir o apoio militar e financeiro à Ucrânia, Harris manteria a atual linha de suporte à nação europeia. No Oriente Médio, a política de apoio incondicional a Israel parece permanecer inalterada, dada a forte ligação histórica entre os países, embora o apoio público dos EUA a Israel enfrente crescentes críticas internas. Independentemente de quem vença, o próximo presidente dos EUA terá o desafio de lidar com questões que afetam o equilíbrio de poder global, impactando diretamente as relações com países em diversas regiões, incluindo o Brasil e outros parceiros latino-americanos.

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