A Unidade Central de Agentes Terapêuticos do Rio Grande do Norte (Unicat-RN) enfrenta uma crise de abastecimento, com quase um terço dos medicamentos indisponíveis. Dos 214 medicamentos do Componente Especializado em Assistência Farmacêutica (CEAF-RN), 49 estão em licitação, 16 aguardam distribuição do Ministério da Saúde e 2 estão suspensos devido à descontinuação da produção. A Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN (Sesap) foi notificada sobre o bloqueio judicial de R$ 4,7 milhões para a compra de medicamentos, após decisão do juiz Airton Pinheiro da 1ª Vara da Fazenda Pública de Natal. A Unicat afirmou que alguns medicamentos já foram adquiridos, mas ainda não entregues pelas empresas, enquanto outros não tiveram propostas ou tiveram propostas acima do valor permitido. A Sesap e a Unicat estão trabalhando para agilizar os processos de aquisição. A decisão judicial exige que o Estado apresente comprovantes de aquisição dos medicamentos indisponíveis em cinco dias, com o valor bloqueado sendo liberado diretamente aos fornecedores mediante apresentação de nota fiscal. Desde 2015, existe uma decisão judicial obrigando o Estado a formar uma equipe exclusiva para as aquisições dos fármacos do Programa CEAF-SUS. A judicialização tem sido um recurso frequente para que pacientes tenham acesso a medicamentos prescritos, muitas vezes devido à falta de estoque ou à ausência do medicamento na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename).

Em setembro, Natal inaugura seu primeiro Hospital Público Veterinário, oferecendo atendimento gratuito para cães e gatos. Localizado no Centro Histórico, o hospital resulta de uma parceria entre a Prefeitura Municipal e uma organização da sociedade civil (OSC), selecionada por chamamento público. Segundo Danielle Mafra, secretária executiva de Concessões e PPPs, esta iniciativa marca o início de uma política pública de assistência médico-veterinária. O hospital fornecerá diversos serviços, incluindo consultas de clínica geral, cirurgias (gerais, ortopédicas, de baixa complexidade e oncológicas), telemedicina, diagnóstico por imagem e serviços ambulatoriais. Destinado principalmente a tutores de pets de baixa renda, o hospital espera realizar cerca de 3.110 serviços mensais, incluindo 50 cirurgias e mais de 500 consultas. As propostas de OSCs são aceitas até 14 de agosto, e a organização selecionada será responsável pelas despesas, enquanto a Prefeitura investirá aproximadamente R$ 3,2 milhões para 12 meses de funcionamento.