
Após obra de engorda, alagamentos em Ponta Negra causam prejuízos e prefeitura estuda solução a longo prazo
Seis meses após a conclusão da obra de engorda da praia de Ponta Negra, o acúmulo de água da chuva na nova faixa de areia tem gerado grandes transtornos para comerciantes, turistas e moradores. A Prefeitura de Natal, por meio da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), informou que estuda “ações de longo prazo” para o problema de drenagem, mas admitiu que ainda não há um cronograma definido. Desde janeiro, quando a obra foi concluída, a água das chuvas forma grandes poças que não escoam, criando lamaçais que dificultam o acesso ao mar e às barracas. “Caiu 50% do movimento. Os clientes que vêm reclamam bastante porque aqui não dá para descer para a praia”, desabafa Manoel Júnior, que trabalha em um quiosque na região. Além do prejuízo financeiro, o acúmulo de água tem atraído mosquitos e gerado preocupações com a saúde pública. A Seinfra informou que a formação dos espelhos d’água já era uma consequência prevista no projeto original da engorda e que analisa alternativas técnicas, como a implantação de emissários submarinos e valas drenantes. Enquanto isso, um trator tem sido usado diariamente na areia como medida paliativa. O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no RN (ABIH-RN), Edmar Gadelha, expressou preocupação com o impasse. “Precisamos evitar qualquer impacto negativo que possa afetar essa importante cadeia produtiva”, afirmou, lembrando que o setor hoteleiro, que responde por 35% do PIB do estado, concentra 70% de sua estrutura em Ponta Negra e na Via Costeira.