
Inadimplência cresce 0,63% no RN em 2024, com dívida média de R$ 4.342,21
O Rio Grande do Norte encerrou 2024 com alta de 0,63% no número de inadimplentes em relação a dezembro de 2023, segundo dados do SPC Brasil e da CDL. Embora o crescimento tenha superado a média do Nordeste, que registrou queda de 0,04%, ficou abaixo da nacional, que apresentou alta de 1,92%. A dívida média no estado alcançou R$ 4.342,21, e quase metade dos inadimplentes (45,4%) possui dívidas de até R$ 1 mil. Entre novembro e dezembro, houve redução de 0,40% no número de devedores, reflexo do pagamento do 13º salário e promoções de fim de ano, segundo o economista Helder Cavalcanti Vieira. “Foi o impacto do consumo sazonal. Algumas pessoas conseguiram pagar dívidas, mas muitas assumiram compromissos além do que podem pagar”, afirmou. A faixa etária mais endividada é de 30 a 39 anos (25,41%), enquanto 52,60% dos inadimplentes são mulheres. O setor bancário lidera a origem das dívidas, representando 70,52%, principalmente por financiamentos, cartões de crédito e empréstimos. O tempo médio de atraso é de 28,6 meses, com maior concentração (42,77%) entre aqueles com dívidas de 1 a 3 anos. Em relação ao Brasil, 41,51% da população adulta estava negativada em dezembro, o que equivale a 68,49 milhões de pessoas. O economista alerta para os reflexos econômicos. “O endividamento reduz o poder de compra, afetando o comércio e dificultando o pagamento de despesas como IPTU, IPVA e material escolar no início do ano. Isso compromete não só a saúde financeira, mas também emocional das famílias”, pontuou.