NATAL
20 de maio de 2025 14:06

Economia

Novo salário mínimo de R$ 1.518 entra em vigor com reajuste menor que regra anterior previa

Desde esta quarta-feira (1º de janeiro), o salário mínimo no Brasil passou a ser de R$ 1.518, um aumento de R$ 106 em relação ao valor de 2024, que era de R$ 1.412. O reajuste inclui a reposição da inflação de 4,84% e um ganho real de 2,5%, de acordo com a nova regra aprovada pelo Congresso Nacional, que limita os aumentos reais entre 0,6% e 2,5% até 2030, condicionados ao arcabouço fiscal. Essa nova metodologia substitui a regra anterior, que previa a reposição da inflação acrescida da variação do PIB de dois anos anteriores – neste caso, 3,2%. Segundo o Dieese, o reajuste menor afetará 59 milhões de pessoas, incluindo trabalhadores formais, domésticos, beneficiários do INSS, e os que recebem benefícios como seguro-desemprego e abono salarial. O impacto do novo valor também é significativo para as despesas do governo federal, como os pagamentos de aposentadorias, pensões e benefícios assistenciais. A Tendências Consultoria estima que a nova política resultará em economia de R$ 110 bilhões até 2030, com R$ 2 bilhões poupados já em 2025. Entre 2003 e 2017, o salário mínimo acumulou um ganho real de 77%. No entanto, a política de reajustes com ganhos reais foi suspensa entre 2018 e 2022. Criado em 1936 no governo de Getúlio Vargas, o salário mínimo é uma referência para milhões de brasileiros e segue como um dos pilares da política social e econômica do país.

Leia mais

TCU determina que governo impeça uso do Bolsa Família em apostas online

O ministro Jhonatan de Jesus, do Tribunal de Contas da União (TCU), determinou neste domingo (15) que o governo federal adote medidas imediatas para impedir que beneficiários do Bolsa Família utilizem os recursos do programa em apostas online. A decisão atende a uma solicitação do Ministério Público junto ao TCU e visa prevenir o desvio de finalidade dos recursos públicos destinados à assistência social. “A medida cautelar restringe-se a evitar o uso indevido de recursos públicos em atividades incompatíveis com os objetivos constitucionais dos programas assistenciais, sem prejuízo à continuidade do atendimento às famílias em situação de vulnerabilidade que atendam aos critérios legais de elegibilidade”, escreveu o ministro. A decisão ocorre em meio a dificuldades operacionais relatadas pela Advocacia-Geral da União (AGU) para implementar determinação semelhante do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a AGU, é complicado identificar se os valores utilizados em apostas pelos beneficiários provêm do Bolsa Família ou de outras fontes de renda. No mês passado, o ministro Luiz Fux, do STF, havia ordenado a proibição de gastos do Bolsa Família com apostas e ratificado que as regras da Portaria nº 1.231/2024, que restringem propagandas de jogos de azar direcionadas a crianças e adolescentes, fossem aplicadas imediatamente. O debate foi motivado por uma ação direta de inconstitucionalidade apresentada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que argumenta que a regulamentação das apostas online, estabelecida pela Lei 14.790/2023, pode agravar o endividamento das famílias mais vulneráveis.

Leia mais

RN registra queda na produção de feijão na primeira safra de 2024/2025

O Rio Grande do Norte deve enfrentar uma redução de 1,7% na produção de feijão na primeira safra de 2024/2025, conforme estimativas divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (12). Essa queda acompanha a tendência nacional, que projeta uma redução de 6,7% na safra de cereais, leguminosas e oleaginosas, totalizando 294,3 milhões de toneladas, em comparação com 2023. No Nordeste, a produção estimada é de 25,8 milhões de toneladas, representando 8,8% da safra nacional e uma diminuição de 4% em relação ao ano anterior. No Rio Grande do Norte, além do feijão, outras culturas também apresentam quedas, como o milho, que, apesar de estabilidade mensal, sofre uma retração anual. A principal produção agrícola do Brasil segue concentrada nas três culturas mais relevantes: soja, milho e arroz. A produção de soja em 2024 deve totalizar 144,9 milhões de toneladas, com uma queda de 4,7%, enquanto o milho apresenta uma retração de 11,9%, totalizando 115,5 milhões de toneladas. Já o arroz tem uma previsão de aumento de 3,1%, chegando a 10,6 milhões de toneladas. Para o futuro, o IBGE prevê um aumento de 7% na produção nacional em 2025, com destaque para a soja, que deve atingir 163,5 milhões de toneladas, representando um crescimento de 12,9%, e para o milho da primeira safra, que deve ter um aumento de 9,3%. Embora algumas culturas apresentem perspectivas positivas para o Nordeste, os resultados para o Rio Grande do Norte ainda dependem de fatores climáticos e econômicos. A produção no estado e na região Nordeste como um todo tem enfrentado desafios, mas com o aumento da área cultivada e ajustes nos rendimentos médios, espera-se que algumas culturas possam se recuperar nos próximos anos.

Leia mais

RN movimenta mais de US$ 1,5 bilhão em comércio exterior

Entre janeiro e novembro de 2024, o Rio Grande do Norte registrou um volume de transações de comércio exterior superior a US$ 1,5 bilhão. As exportações somaram US$ 973,3 milhões, com crescimento de 39,8% no acumulado do ano, enquanto as importações caíram 17,3%, totalizando US$ 532,6 milhões. O saldo da balança comercial estadual foi positivo, alcançando US$ 440,7 milhões. Conforme o Boletim Econômico nº 12 da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec RN), as exportações em novembro atingiram US$ 102,9 milhões, com destaque para óleos combustíveis (US$ 52,3 milhões) e frutas tropicais, como melões (US$ 20,7 milhões) e melancias (US$ 9,0 milhões). Os principais mercados de destino foram Ilhas Virgens (Americanas), Países Baixos, Espanha, Estados Unidos e Reino Unido, que juntos responderam por 88,7% das vendas no mês. No mesmo período, a China permaneceu como principal fornecedora de produtos ao estado, liderada por células fotovoltaicas (US$ 14,1 milhões), conversores elétricos e painéis. No cenário nacional, as exportações brasileiras em novembro atingiram US$ 27,9 bilhões, enquanto as importações cresceram 9,9%, chegando a US$ 19,1 bilhões. Em 2024, a indústria de transformação liderou as exportações, enquanto o setor agropecuário registrou queda de 10,2% no acumulado anual.

Leia mais

Correios enfrentam risco de despejo em mais de 200 imóveis devido a rombo de R$ 2 bilhões

Com um déficit superior a R$ 2 bilhões acumulado até setembro de 2024, os Correios enfrentam risco de despejo em pelo menos 200 imóveis alugados, conforme relatório interno de 30 de outubro. Desses, 122 já estão sob ação judicial por inadimplência e podem ser desocupados a partir de 30 de novembro. Outros 127 contratos vencem até o fim do ano, mas dependem de negociações baseadas em economia gerada por outros aluguéis para serem renovados. O documento alerta sobre as consequências de não renovar os contratos: “Ação de despejo em 30 dias, enriquecimento ilícito, multas, juros, crimes e penalidades, além de possíveis infrações administrativas”. Os imóveis em risco incluem 206 agências, 34 centros de distribuição domiciliar, três centros de tratamento de cartas e encomendas e um centro de encomendas. A diretoria solicitou o redirecionamento de R$ 1,5 bilhão, antes destinado ao aluguel de um centro interditado em Contagem (MG), para renovar os contratos, mas o processo está em andamento. Os Correios negam planos de fechar agências e acusam gestões anteriores de terem encerrado mais de 160 unidades. O redirecionamento de recursos é considerado prática comum, mas ainda não há confirmação sobre sua execução.

Leia mais

Endividamento cresce levemente em novembro, mas inadimplência atinge maior patamar desde 2023

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela CNC, mostrou que o endividamento das famílias subiu para 77% em novembro, refletindo o aumento sazonal do crédito para compras de fim de ano. Apesar disso, o percentual de consumidores que se consideram “muito endividados” caiu para 15,2%, o menor nível desde 2021, indicando maior controle financeiro. Por outro lado, a inadimplência chegou a 29,4%, o maior patamar desde outubro de 2023. O número de pessoas que declararam não ter condições de pagar suas dívidas também subiu para 12,9%. Segundo José Roberto Tadros, presidente do Sistema CNC, “o uso mais consciente do crédito tem reduzido o impacto na renda mensal, mas a inadimplência segue como um desafio”. Entre as famílias de menor renda, 81,1% estão endividadas, com 37,5% em atraso. Já entre aquelas com renda acima de 10 salários mínimos, o endividamento foi de 66,7%, e apenas 14,6% relataram dívidas em atraso. O comprometimento médio da renda com dívidas foi de 29,8%, enquanto o percentual de famílias com mais da metade da renda comprometida caiu para 20,3%, o menor índice desde agosto. O cartão de crédito segue como principal modalidade de dívida, presente em 83,8% das famílias endividadas, mas perdeu espaço em relação a 2023. Em contrapartida, o crédito pessoal ganhou destaque, consolidando-se como alternativa frente às altas taxas de juros. A CNC projeta que o endividamento continuará crescendo em dezembro, mas espera estabilidade na inadimplência, graças ao esforço das famílias em equilibrar suas contas mesmo diante de desafios econômicos.

Leia mais

Siga nossas redes sociais