NATAL
9 de julho de 2025 09:46

Política

Assassinato de jovem em Ceará-Mirim gera cobranças por segurança e infraestrutura na Assembleia Legislativa

O assassinato de Maria Bruna Pereira Assunção, de 27 anos, durante uma tentativa de assalto em Ceará-Mirim no último sábado (5), gerou uma forte reação de deputados de oposição na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. Em pronunciamentos nesta semana, parlamentares cobraram ações do governo Fátima Bezerra (PT) para combater a criminalidade e criticaram a falta de infraestrutura na região. O deputado Luiz Eduardo (SDD), que iniciou o debate, solidarizou-se com a família da vítima e cobrou justiça. Ele defendeu a transformação da Companhia da Polícia Militar de Ceará-Mirim em um Batalhão, para aumentar o efetivo na região do Mato Grande. O deputado relatou que os mesmos criminosos que mataram a jovem teriam praticado uma série de outros assaltos na área, inclusive roubando a arma de um sargento da PM. A deputada Cristiane Dantas (SDD) acrescentou outro fator que, segundo ela, contribuiu para a tragédia: o péssimo estado da rodovia RN-064. Ela argumentou que a vítima estava em um carro que trafegava em baixa velocidade “por causa dos buracos”, o que facilitou a abordagem dos criminosos. “Há anos essa estrada vem sendo anunciada reiteradamente e ainda não foi feita a reestruturação”, criticou. O deputado José Dias (PL) reforçou o pedido por mais segurança e fez uma análise mais ampla, afirmando que o país vive uma “crise terrível de civilização, em que o crime, para alguns setores […] é defendido”. Em resposta às primeiras cobranças, o Executivo anunciou na terça-feira (8) que irá, de fato, transformar a companhia da PM em Ceará-Mirim em um batalhão.

Leia mais

Em Lisboa, Hugo Motta diz ver “momento propício” para avançar com a reforma administrativa

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta quarta-feira (2) que o cenário atual é um “momento propício para avançar” com a discussão sobre a reforma administrativa no Brasil. A declaração foi dada durante sua participação no XIII Fórum Jurídico de Lisboa, em Portugal, em um painel que também contou com a presença do ministro do STF, Gilmar Mendes. Segundo Motta, a necessidade de um Estado mais eficiente é uma demanda tanto de quem defende a responsabilidade fiscal quanto da população que sente a “carência” de serviços essenciais em áreas como saúde, educação e segurança pública. “Tratar desse tema para nós é de fundamental importância”, disse. Em um aceno ao funcionalismo público, o presidente da Câmara fez questão de ressaltar que o foco da reforma não será “visando perseguir o atual servidor público da ativa”. Segundo ele, o objetivo é trazer “modernização” e “eficiência” para as funções exercidas pelos servidores. Hugo Motta afirmou que a Câmara dará o “pontapé inicial” no assunto e expressou sua expectativa de que a aprovação da pauta ocorra ainda neste ano na Casa. Um grupo de trabalho criado no final de maio tem até o dia 14 de julho para apresentar um relatório com as primeiras propostas, que servirão de base para a discussão em plenário.

Leia mais

Congresso impõe dura derrota ao governo e derruba decreto que aumentava o IOF

Em uma expressiva demonstração de força, o Congresso Nacional impôs uma dura derrota política ao governo Lula nesta quarta-feira (25), ao derrubar o decreto presidencial que aumentava as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Cerca de duas horas após a Câmara rejeitar a medida, o Senado seguiu o mesmo caminho em votação simbólica, revogando oficialmente o decreto. A decisão cria um problema fiscal imediato para a equipe econômica: um “rombo” de R$ 20,5 bilhões que o governo contava arrecadar em 2025 para cumprir a meta do arcabouço fiscal. A queda de braço entre os poderes foi o pano de fundo da votação. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que pautou o tema, afirmou que a maioria dos deputados não aceita a elevação de impostos como solução para as contas públicas e tem cobrado do governo o corte de despesas. Por outro lado, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), acusou o Congresso de quebrar um acordo político. “Essa Casa vive de cumprir acordos. Foi feito um acordo que está sendo descumprido. Eu não acho isso bom para o Parlamento”, criticou Wagner, afirmando que o decreto já era uma versão mais branda para atender a exigências dos próprios parlamentares. O decreto rejeitado incluía o aumento na taxação das apostas eletrônicas (as “bets”), das fintechs e a tributação de investimentos hoje isentos, como as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA). Agora, o governo precisará encontrar outras formas de arrecadar ou cortar despesas para compensar a perda, em um cenário de forte resistência no Legislativo.

Leia mais

Câmara de Natal aprova em regime de urgência prorrogação de empréstimos para a Prefeitura

Em uma sessão marcada por debates, a Câmara Municipal de Natal (CMN) aprovou, em regime de urgência, a prorrogação da autorização para que a Prefeitura possa contratar operações de crédito de até R$ 400 milhões e US$ 30 milhões. A medida, que teve os votos contrários das bancadas do PT e PSOL, estende até agosto de 2028 o prazo para captação de recursos junto a instituições como a Caixa Econômica Federal, através do programa Finisa. A oposição criticou a tramitação acelerada, sem passar por discussão prévia nas comissões. Em resposta, o líder do governo, vereador Aldo Clemente (PSDB), cobrou a falta de emendas parlamentares federais da oposição para obras de drenagem na cidade, citando um episódio da campanha eleitoral de 2024. Segundo a justificativa do prefeito Paulinho Freire (União), a prorrogação dos empréstimos dará ao município “maior flexibilidade e segurança jurídica” para financiar projetos essenciais de infraestrutura, saneamento, mobilidade urbana, saúde e educação. Os recursos poderão ser usados, por exemplo, em obras de pavimentação e para a eliminação de pontos de alagamento. Em outra frente, as comissões de Justiça e Finanças da Câmara realizaram uma reunião conjunta na quarta-feira (25) e aprovaram dez projetos, com destaque para a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2026. A matéria, que define as prioridades do orçamento do próximo ano, recebeu parecer favorável com 23 emendas parlamentares e agora está apta para ser votada em plenário.

Leia mais

Governo do RN e TJ fecham acordo para quitar R$ 108 milhões em precatórios atrasados de 2024

O Governo do Rio Grande do Norte e o Tribunal de Justiça do estado (TJ-RN) firmaram, nesta segunda-feira (23), um Termo de Conciliação para regularizar o pagamento de precatórios que estavam em atraso. O acordo prevê a quitação de uma dívida de R$ 108,4 milhões, referente ao plano de 2024, em sete parcelas mensais, com início em 10 de julho deste ano. Além do pagamento dos valores atrasados, o acordo estabelece que os repasses mensais do plano de 2025 serão retomados. Com isso, a parcela total a ser paga em julho será de R$ 66,1 milhões. O juiz Diego Cabral, responsável pela Divisão de Precatórios do TJ, destacou que o termo prevê uma garantia de pagamento, com a transferência automática dos recursos da conta do Estado. O secretário estadual da Fazenda, Carlos Eduardo Xavier, justificou o atraso anterior pelo grande aumento no volume de precatórios, afirmando que o Estado precisou readequar o plano à sua “capacidade de pagamento” para não “asfixiar” outras despesas essenciais, como a folha de pagamento e investimentos. A dívida de precatórios do RN tem sido um desafio crescente para as contas públicas. Reportagens recentes mostraram que o estoque da dívida saltou de R$ 463 milhões em 2018 para mais de R$ 6 bilhões em 2025, consumindo uma fatia cada vez maior da Receita Corrente Líquida (RCL) do estado. Para o juiz Diego Cabral e para o procurador-geral do Estado, Antenor Roberto, o acordo traz previsibilidade e estabilidade, garantindo que a Divisão de Precatórios terá os recursos para continuar pagando os credores, seguindo estritamente a ordem cronológica da fila estabelecida pela Constituição.

Leia mais

RN gasta 56% da receita com pessoal e estoura limite da Lei de Responsabilidade Fiscal, aponta Tesouro Nacional

O Governo do Rio Grande do Norte comprometeu 56,01% de sua receita corrente líquida com despesas de pessoal no primeiro quadrimestre de 2025, ultrapassando significativamente o limite máximo de 49% estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). O dado consta no Relatório de Gestão Fiscal (RGF) em Foco, divulgado nesta segunda-feira (23) pelo Tesouro Nacional. O documento, que compara a saúde fiscal de todos os estados e do Distrito Federal, acende um alerta para a situação das contas potiguares. Além de estourar o teto de gastos com pessoal no Poder Executivo, o Rio Grande do Norte também se destacou negativamente em outro indicador: o de precatórios. O estado possui a segunda maior proporção do Brasil de dívidas judiciais em relação à sua receita (27,2%), atrás apenas do Rio Grande do Sul. O relatório do Tesouro Nacional também analisou outros limites da LRF. No quesito Dívida Consolidada Líquida (DCL), nenhum estado ultrapassou o teto legal de 200% da receita. Os casos mais críticos são os do Rio de Janeiro (199%), Rio Grande do Sul (179%) and Minas Gerais (151%). No âmbito dos poderes, apenas os Legislativos de Alagoas e Roraima ultrapassaram seus respectivos limites de gastos com pessoal. Os poderes Judiciário e o Ministério Público de todos os entes federativos respeitaram os tetos estabelecidos. O RGF em Foco é elaborado com base nos dados publicados pelos próprios governos no Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (Siconfi), gerido pelo Tesouro.

Leia mais

Siga nossas redes sociais