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Lula volta a defender autonomia do Banco Central e tece criticas a Campos Neto

Foto: Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a reivindicação de autonomia do Banco Central (BC) parte do “mercado” e defendeu a prerrogativa dos presidentes da República de indicar o chefe do BC. Em entrevista, Lula criticou a gestão de Roberto Campos Neto, o primeiro presidente do BC com autonomia estabelecida em lei, associando-o ao governo de Jair Bolsonaro. Ele ressaltou que o presidente do BC deveria ser uma indicação do presidente eleito.

Lula expressou paciência para esperar o término do mandato de Campos Neto em 2024, quando poderá indicar um substituto que, segundo ele, olhe o Brasil de maneira adequada, não apenas conforme os interesses do sistema financeiro. Lula também reiterou suas críticas à taxa de juros, atualmente em 10,5%, afirmando que a inflação está controlada e que não há necessidade de uma política de juros altos.

Os economistas têm aumentado suas projeções de inflação para os próximos anos, com a mediana para o IPCA de 2024 subindo para 4%, acima do centro da meta de 3%. A partir de 2024, a inflação será monitorada pelo IPCA acumulado em 12 meses, com o Conselho Monetário Nacional (CMN) definindo uma meta de 3% com uma tolerância de 1,5 ponto percentual.

O BC manteve a taxa Selic em 10,5% na sua última reunião, indicando uma “interrupção” no ciclo de cortes de juros. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que o atual nível da Selic é “suficientemente alto” para alcançar a meta de inflação.

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