Em outubro, o superávit primário do Governo Central, que engloba Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, registrou uma queda de cerca de 40% em comparação ao mesmo mês do ano anterior. O resultado ficou positivo em R$ 18,277 bilhões, comparado a R$ 30,592 bilhões em outubro de 2022. Em termos reais, ajustados pela inflação, a queda foi de 43%.
Tradicionalmente, outubro apresenta superávit devido ao pagamento trimestral de tributos pelas instituições financeiras. Apesar da redução em relação ao ano anterior, o resultado superou as expectativas do mercado, que previam um superávit de R$ 17 bilhões. Com esse resultado, o Governo Central acumula um déficit primário de R$ 75,09 bilhões em 2023.
O superávit primário representa o saldo positivo entre as receitas e os gastos, excluindo os juros da dívida pública. A meta estabelecida pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o déficit primário do Governo Central em 2023 é de R$ 231,5 bilhões. O governo busca aumentar a arrecadação e revisar gastos para melhorar as contas públicas, visando um déficit em torno de R$ 100 bilhões neste ano. A previsão oficial de déficit primário está em R$ 177,4 bilhões, podendo chegar a R$ 203,4 bilhões considerando a metodologia do Banco Central.