A suspensão da pesca do atum no Brasil pelo Governo Federal já está causando impactos na economia do Rio Grande do Norte, maior produtor e exportador do país desse pescado. Empresas, incluindo a Produmar, já começaram a dispensar funcionários e conceder férias coletivas a pescadores. A suspensão, que está programada até o dia 1º de janeiro, na prática pode se estender até o final de janeiro, uma vez que a pesca do atum depende da posição da lua, levando a um retorno do pescado apenas em fevereiro.
A medida, que visa cumprir cotas estabelecidas por tratados internacionais, está gerando prejuízos tanto para grandes empresas quanto para pequenos empresários. Empresas como a Norte Pesca, que tem o atum como principal produto, já estão avaliando a possibilidade de conceder férias coletivas. O Polo Atuneiro em Natal, que é afetado diretamente, enfrenta um momento crítico, pois a suspensão ocorreu no melhor momento da safra pesqueira, que vai de outubro a maio.
A medida do Governo Federal foi recebida com surpresa pelo setor pesqueiro, que esperava conseguir pescar até o final do ano mantendo as cotas estabelecidas. Representantes do Ministério da Pesca, do Meio Ambiente e autoridades se reunirão para discutir os impactos e a duração prática da suspensão.
A suspensão afeta não apenas o faturamento das empresas, mas também a oferta de pescado para os consumidores. O setor pesqueiro potiguar considera a medida desnecessária e alega que penaliza quem atua legalmente, prejudicando a economia já combalida do estado.


