O primeiro‑ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou em publicação no Telegram que as Forças Armadas israelenses “tomarão o controle de toda” a Faixa de Gaza, onde já exercem domínio sobre mais da metade do território. Segundo Netanyahu, os combates “são intensos e estamos progredindo”, e prosseguirão “de uma forma que não possa ser impedida”. Ele ressaltou, porém, que Israel deve evitar levar a população à fome, tanto por “razões práticas como diplomáticas”, e voltou a cobrar do Hamas a libertação imediata dos reféns.
Na esteira da escalada terrestre, Israel autorizou neste domingo (18) a entrada de ajuda humanitária em Gaza, sob forte pressão de seus aliados, num gesto destinado a atenuar críticas internacionais. A ofensiva se mantém sem trégua: em encontro com combatentes publicados em vídeo oficial, Netanyahu reforçou que, após a libertação do último refém de dupla cidadania israelense‑americana, as tropas penetrarão “com força total” em toda a região até alcançar “a destruição do Hamas” e a libertação dos demais capturados.
Paralelamente, o ex‑presidente dos EUA Donald Trump declarou no Catar que os Estados Unidos deveriam “tomar” Gaza ao fim da guerra para transformá‑la em uma “zona de liberdade” — ideia que já defendia anteriormente, propondo inclusive realocar a população palestina em “comunidades mais seguras, bonitas e modernas” e desenvolver ali “um dos maiores empreendimentos da Terra”. Tais declarações, bem como o endurecimento israelense, têm esfriado as iniciativas internacionais de cessar‑fogo e estendido o impasse humanitário no enclave.
