A Prefeitura de Natal protocolou na última sexta-feira (12) as 17 respostas pendentes aos questionamentos do Idema para a liberação do licenciamento da obra de engorda da Praia de Ponta Negra. As respostas incluem esclarecimentos sobre a retirada de areia, impactos nas praias adjacentes, recifes, crustáceos, pesca artesanal e aves migratórias. O Idema, que agora avaliará o conteúdo sem prazo definido, também pediu informações sobre a ictiofauna local e um programa de Assistência Social.
A falta de autorização impediu a draga necessária para a obra de iniciar os trabalhos, apesar de sua chegada a Natal em 26 de junho. Manifestantes cobraram a emissão da licença, resultando na ocupação do prédio do Idema. A engorda de Ponta Negra é vital devido à erosão costeira que afeta a praia e o Morro do Careca, um importante cartão-postal.
O projeto prevê o alargamento da faixa de areia para até 100 metros na maré seca e 50 metros na maré cheia, utilizando areia submersa da jazida de Areia Preta. A Prefeitura teme que a obra só ocorra em 2025 se a Licença de Instalação e Operação (LIO) não for emitida rapidamente. Estudos da UFRN mostram que o Morro do Careca perdeu 2,3 metros de altura em 17 anos devido à erosão, destacando a urgência do projeto para preservar a paisagem e mitigar impactos econômicos e ambientais.