As exportações por via marítima no Rio Grande do Norte registraram um crescimento de 530% em valor entre 2020 e 2024, saltando de US$ 117,4 milhões para US$ 740 milhões (R$ 4 bilhões) no período. Os dados, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec-RN) e do MDIC, referem-se às movimentações nos portos de Natal, Areia Branca e Guamaré. Em volume, o aumento foi de 38,9%, chegando a 2,1 milhões de toneladas exportadas no ano passado.
Segundo a Sedec, o crescimento foi impulsionado pela competitividade de produtos como frutas, sal, pescados e, principalmente, óleos combustíveis, que ampliaram sua presença nos mercados norte-americano e europeu. O secretário-adjunto da pasta, Hugo Fonseca, destacou que o Porto de Natal se tornou um “pequeno hub de exportação de frutas”, graças à adoção de um novo modelo de envio por pallets.
O setor de fruticultura foi crucial para a retomada. Após uma queda causada pela saída de uma grande empresa de contêineres do estado, a exportação de frutas pelo Porto de Natal foi revitalizada a partir de 2023, quando a empresa Agrícola Famosa passou a fretar navios próprios. A iniciativa fez com que o terminal voltasse a escoar 50% da produção de frutas do RN, e a expectativa da Companhia Docas do RN (Codern) é triplicar essa movimentação na safra atual (2025/2026), visando 300 mil toneladas.
Para o futuro, estão previstos investimentos de R$ 120 milhões no Porto de Natal, destinados à dragagem do canal de acesso e à construção das defensas da Ponte Newton Navarro. As obras permitirão a operação de navios maiores e em período noturno, o que, segundo o Governo, pode dobrar a capacidade de exportação do terminal.
