A mineração no Rio Grande do Norte vive um novo ciclo de expansão, com a produção beneficiada do setor saltando de R$ 54 milhões para R$ 257 milhões anuais na última década. Considerando a produção total (bruta e beneficiada), o valor alcançou R$ 560 milhões em 2024. O crescimento é impulsionado pela chegada de novos investidores, a exploração de ouro em Currais Novos e pesquisas para minerais estratégicos, como o lítio.
Um dos projetos mais avançados é o Projeto Borborema, da empresa canadense Aura Minerals, que iniciou a fase de produção de ouro em Currais Novos com investimentos previstos de US$ 188 milhões. A mina tem capacidade para tratar 2 milhões de toneladas de minério por ano e já gera cerca de mil empregos fixos na região.
Outro grande projeto no horizonte é o Ferro Potiguar, da empresa Fomento do Brasil, que planeja investir R$ 2,5 bilhões ao longo de 16 anos, aguardando apenas as licenças ambientais do Idema.
Segundo o governo do estado, o aumento do interesse pelo RN é fruto de uma postura mais proativa, que incluiu a atualização do mapa de recursos minerais, saltando de mil para mais de 3 mil ocorrências minerais catalogadas. Isso resultou em um recorde de R$ 42 milhões investidos em pesquisa mineral em 2023, quase o triplo do ano anterior.
