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Streaming já está em 43,4% das casas com TV no Brasil; TV por assinatura encolhe para 24,3%

O streaming se consolidou como a principal forma de acesso a conteúdo pago na televisão brasileira, estando presente em 43,4% dos domicílios (32,7 milhões de lares), quase o dobro da penetração da TV por assinatura, que caiu para 24,3% (18,2 milhões). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) do IBGE, referentes ao último trimestre de 2024.

A pesquisa revela uma queda expressiva da TV paga: entre 2016 e 2024, o número de lares com o serviço diminuiu de 22,2 milhões para 18,2 milhões. Mais reveladora é a mudança na justificativa para não assinar: se em 2016 o principal motivo era o preço (56,1%), em 2024 a falta de interesse se tornou a principal razão (58,4%), o que sinaliza uma profunda mudança nos hábitos de consumo de entretenimento.

Enquanto a TV paga encolhe, o streaming cresce. O número de lares com acesso a plataformas como Netflix, Globoplay e outras subiu de 31 milhões em 2022 para 32,7 milhões em 2024.

O acesso, no entanto, ainda reflete a desigualdade social do país. A renda média em lares com streaming (R$ 2.950) é mais que o dobro da registrada em lares sem o serviço (R$ 1.390). Regionalmente, as regiões Sul e Sudeste têm maior adesão, enquanto o Nordeste apresenta o menor índice, com apenas 30,1% dos domicílios com acesso a plataformas de streaming.

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