A Nova Frente Popular, coalizão de esquerda da França, conquistou 182 assentos no parlamento, conforme a apuração dos votos do segundo turno das eleições legislativas. A aliança centrista de Emmanuel Macron, o Ensemble, ficou em segundo lugar com 168 assentos, enquanto o Reunião Nacional, da ultradireita, obteve 143.
Nenhuma coalizão conseguiu a maioria absoluta de 289 assentos, exigindo negociações para a formação de um novo governo. A alta participação dos eleitores no segundo turno resultou numa mudança significativa em relação ao primeiro turno, favorecendo a Nova Frente Popular.
As eleições foram antecipadas por Macron após seu partido de centro perder espaço para a ultradireita na eleição do Parlamento Europeu. O resultado deixou o parlamento francês dividido em três grandes grupos – esquerda, centristas e ultradireita – com plataformas divergentes e sem tradição de cooperação.
O presidente Macron prometeu respeitar os resultados, e Jean-Luc Mélenchon, líder da coalizão vencedora, pediu um gabinete liderado pela esquerda. Marine Le Pen, líder da ultradireita, lamentou a virada para os rivais de esquerda, criticando a falta de progresso em questões como imigração e segurança.