O Ministério da Saúde anunciou a ampliação da estratégia criada pela Fiocruz para combater o mosquito Aedes aegypti, vetor de doenças como dengue, zika e chikungunya. Agora transformada em política pública nacional, a medida busca reduzir as populações do inseto, especialmente em grandes cidades.
A estratégia utiliza Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDLs), que são potes com água parada cobertos por tecido sintético impregnado com larvicida piriproxifeno. As fêmeas do mosquito, atraídas pela água, pousam no tecido e carregam o larvicida para outros criadouros, interrompendo o desenvolvimento de ovos e larvas.
Conforme a nota informativa 25/2024, a implementação das EDLs envolve cinco etapas: manifestação de interesse do município, acordo de cooperação técnica, validação pela secretaria de saúde estadual, capacitação de agentes locais e monitoramento. Inicialmente, 15 cidades foram selecionadas com base em critérios como população, notificações de arboviroses e infestação por Aedes aegypti.
Desenvolvida pelo Laboratório Ecologia de Doenças Transmissíveis na Amazônia da Fiocruz, a estratégia foi testada até 2022 em 14 cidades brasileiras com resultados positivos. As fêmeas, ao pousar nas EDLs, disseminam o larvicida em um raio de 3 a 400 metros, atingindo criadouros inacessíveis e indetectáveis. Esta abordagem supera barreiras enfrentadas por outros métodos de controle e é eficaz em áreas urbanas precárias e galpões de reciclagem.