O Ministério Público (MP) da Venezuela começou uma investigação penal contra Edmundo González, ex-candidato à presidência, e María Corina Machado, líder da oposição, por “instigação à insurreição” e “conspiração”, entre outros possíveis delitos. A apuração surgiu após um comunicado dos dois opositores emitido na última segunda-feira (5), que, segundo o MP, incita policiais e militares a desobedecerem as leis.
O chefe do MP, Tarek William Saab, informou que o comunicado pode configurar crimes como “usurpação de funções, difusão de informação falsa para causar agitação, instigação à desobediência das leis, instigação à insurreição, associação para delinquir e conspiração”.
O MP venezuelano afirma que o comunicado dos opositores anuncia falsamente um vencedor das eleições presidenciais diferente do proclamado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), único órgão qualificado para tal.
Em resposta, Corina Machado e Edmundo González, em comunicado nas redes sociais, afirmaram que venceram a eleição e acusaram o governo de reprimir opositores, pedindo para policiais e militares se colocarem “ao lado do povo” e respeitarem os resultados das eleições de 28 de julho.