Na quarta-feira, 14 de agosto, deputados e senadores da oposição anunciaram o início de uma campanha pelo impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em uma coletiva de imprensa, o senador Eduardo Girão (Novo-CE) apresentou mais de dez motivos que justificariam a deposição do magistrado. Entre as alegações estão violação de direitos constitucionais e humanos, abuso de poder e desrespeito ao devido processo legal.
Os parlamentares planejam coletar assinaturas de seus colegas e de cidadãos até o dia 7 de setembro, com a intenção de protocolar o pedido de impeachment no dia 9 de setembro. A oposição espera reunir apoio e aguardar novos fatos a serem revelados por materiais obtidos pela Folha de S. Paulo, que alega que Moraes usou ilegalmente o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para produzir relatórios contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. Moraes defende que o TSE possui “poder de polícia” e que os relatórios foram “oficiais e regulares”.
O senador Girão destacou que o pedido de impeachment não é uma questão de ideologia política, mas sim de defesa da democracia no Brasil, afirmando que “o Senado precisa cumprir seu dever constitucional”.