Uma pesquisa realizada pela ImpulsoGov e compartilhada com o Ministério da Saúde revelou que profissionais de saúde pública estão priorizando temas como doenças infecciosas silenciosas, saúde de pessoas em vulnerabilidade social e saúde mental como indicadores de desempenho na Atenção Primária à Saúde (APS). Essas áreas emergentes, segundo os especialistas, necessitam de maior atenção no Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente em um contexto de transição de modelos de financiamento e monitoramento.
O levantamento, que incluiu 3.262 profissionais de 1.368 municípios, destacou doenças infecciosas como tuberculose e hanseníase (51,5%), saúde de populações vulneráveis (50,2%) e transtornos mentais (49,4%) como prioridades. Agentes comunitários de saúde, que desempenham papel crucial no contato diário com a população, deram especial ênfase à saúde mental, refletindo a urgência de ampliação das políticas nessa área.
O diretor-executivo da ImpulsoGov, João Abreu, ressaltou a importância de alinhar estratégias de financiamento com as necessidades percebidas por esses profissionais. A pesquisa também revelou que a saúde de pessoas com deficiência e a saúde do homem foram áreas menos destacadas, recebendo apenas 15% e 14,4% das preferências, respectivamente, evidenciando desafios culturais e estruturais.