Desde esta quarta-feira (1º de janeiro), o salário mínimo no Brasil passou a ser de R$ 1.518, um aumento de R$ 106 em relação ao valor de 2024, que era de R$ 1.412. O reajuste inclui a reposição da inflação de 4,84% e um ganho real de 2,5%, de acordo com a nova regra aprovada pelo Congresso Nacional, que limita os aumentos reais entre 0,6% e 2,5% até 2030, condicionados ao arcabouço fiscal.
Essa nova metodologia substitui a regra anterior, que previa a reposição da inflação acrescida da variação do PIB de dois anos anteriores – neste caso, 3,2%. Segundo o Dieese, o reajuste menor afetará 59 milhões de pessoas, incluindo trabalhadores formais, domésticos, beneficiários do INSS, e os que recebem benefícios como seguro-desemprego e abono salarial.
O impacto do novo valor também é significativo para as despesas do governo federal, como os pagamentos de aposentadorias, pensões e benefícios assistenciais. A Tendências Consultoria estima que a nova política resultará em economia de R$ 110 bilhões até 2030, com R$ 2 bilhões poupados já em 2025.
Entre 2003 e 2017, o salário mínimo acumulou um ganho real de 77%. No entanto, a política de reajustes com ganhos reais foi suspensa entre 2018 e 2022. Criado em 1936 no governo de Getúlio Vargas, o salário mínimo é uma referência para milhões de brasileiros e segue como um dos pilares da política social e econômica do país.