Os aliados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, estão inclinados a apoiar a indicação de Jorge Messias, advogado-geral da União, para o Supremo Tribunal Federal (STF), em vez de Flávio Dino. A ascensão de Messias, que é o preferido do Partido dos Trabalhadores (PT), ganhou impulso mesmo antes do episódio envolvendo a visita polêmica no Ministério da Justiça e Segurança Pública.
O fortalecimento da posição de Messias é evidente, e fontes próximas a Lula sugerem que o presidente tem adiado a indicação para evitar descontentamento com aliados no Congresso, especialmente em um momento delicado. O presidente estaria preocupado em não desagradar aqueles no Congresso que apoiam Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União (TCU).
A análise estratégica indica que, se Messias fosse indicado antes, os apoiadores de Dantas, liderados por Renan Calheiros, poderiam aumentar as exigências em troca do apoio a importantes pautas legislativas, como a Reforma Tributária. A delicada equação política envolvendo a escolha do próximo ministro do STF evidencia as complexidades das negociações nos bastidores do cenário político brasileiro.
