14 de janeiro de 2025 - 09:42

Ministro israelense critica investigação brasileira contra militar por crimes de guerra

Foto: drawnhy97/Freepik

O ministro de Assuntos da Diáspora e Combate ao Antissemitismo de Israel, Amichai Chikli, criticou duramente o governo brasileiro e o Judiciário em uma carta enviada ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL), no último domingo (5). Ele chamou de “uma desgraça para o governo brasileiro” a investigação contra o militar israelense Yuval Vagdani, acusado de crimes de guerra na Faixa de Gaza pela Fundação Hind Rajab (HRF).

A denúncia da HRF levou a Polícia Federal a abrir o caso enquanto Vagdani estava de férias em Morro de São Paulo, na Bahia. Com o apoio do governo israelense, o militar deixou o Brasil após o início das investigações, seguindo para a Argentina.

Chikli acusou a HRF de ser uma organização que apoia grupos como Hezbollah e Hamas, afirmando que “abraçar indivíduos com essas visões extremistas” desonra o governo brasileiro. Segundo ele, a entidade utiliza falsas alegações para atacar soldados israelenses.

A HRF, formada por advogados e juristas, se baseia no princípio da jurisdição universal para denunciar supostos crimes de guerra. No caso de Vagdani, a organização reuniu vídeos e outros dados que o vinculam a destruições de casas em áreas de ajuda humanitária.

Enquanto isso, Israel classificou a denúncia como parte de ações coordenadas contra seus soldados, que incluem processos em tribunais internacionais. A Embaixada de Israel no Brasil afirmou ter mantido contato com o militar, mas ressaltou que a decisão de deixar o país foi dele.

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