O Aeroporto Internacional de Natal, em São Gonçalo do Amarante, possui limitações técnicas para a movimentação em solo de aeronaves de grande porte (categoria E) em situações de voos alternados, como pousos de emergência. A principal carência é a ausência de um trator rebocador compatível com modelos como o Boeing 787 e o Airbus A330/A350, o que exige que o desembarque de passageiros seja feito por meio de escadas e ônibus, em vez das pontes de embarque (gates).
Apesar da limitação, a Zurich Airport, concessionária que administra o terminal, garante que o aeroporto está plenamente apto a receber esses voos e que as operações seguem todos os parâmetros de segurança das normas aeronáuticas. A empresa justifica a não aquisição do trator específico pelo baixo volume de pousos alternados desse tipo de aeronave, o que não justificaria o alto investimento.
Segundo a concessionária, a chegada desses voos não gera retorno financeiro significativo, pois as companhias aéreas pagam apenas uma taxa simbólica, e os passageiros não permanecem na cidade, gerando impacto nulo no turismo.
A importância estratégica do aeroporto, no entanto, foi recentemente demonstrada quando um Boeing 787 da Air Europa precisou pousar em Natal após uma forte turbulência. Na ocasião, o desembarque dos 325 passageiros ocorreu de forma segura, utilizando escadas e ônibus. Em março de 2025, o aeroporto recebeu nota máxima em uma auditoria operacional da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).


