A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou a inclusão de 33 novos blocos para exploração de petróleo e gás em terra (onshore) na Bacia Potiguar, todos localizados na região Oeste do Rio Grande do Norte. A medida, que faz parte da Oferta Permanente de Concessão (OPC), pode gerar cerca de R$ 5 bilhões em investimentos e até 15 mil empregos no estado nos próximos cinco anos, segundo projeção do Sindicato dos Petroleiros do RN (Sindipetro-RN).
A inclusão dos blocos foi uma resposta a uma solicitação do próprio Sindipetro-RN, que identificou 140 áreas inexploradas no estado. “Enviamos um ofício à ANP solicitando que os blocos aptos pudessem ser ofertados e tivemos uma resposta extremamente positiva”, comemorou Marcos Brasil, coordenador do sindicato. Ele estima que até cinco empresas possam arrematar os blocos, com um investimento inicial de R$ 2 bilhões nos primeiros dois anos.
Para o Governo do Estado, a medida é fundamental para revitalizar a produção. “Precisamos perfurar mais poços para manter a produção no RN e garantir investimentos. E isso só é feito se houver os leilões”, afirmou Hugo Fonseca, secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico. Ele lembrou que a atividade petrolífera responde por quase 40% do PIB industrial do RN.
Empresas que já atuam no estado, como a BRAVA Energia e a PetroReconcavo, e entidades como a Fiern, também receberam a notícia com otimismo, destacando o potencial para o desenvolvimento socioeconômico da região. O novo edital passará por uma audiência pública no dia 9 de outubro para receber contribuições da sociedade antes de sua versão final.
