NATAL
29 de novembro de 2025 07:33

Cotidiano

RN busca atrair cabos submarinos e data centers para aproveitar excedente de energia renovável

O Governo do Rio Grande do Norte intensificou os esforços para atrair investimentos em cabos submarinos de fibra óptica e data centers. Nesta quinta-feira (18), o vice-governador Walter Alves esteve em Brasília, onde apresentou ao ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, os projetos do estado para se tornar um novo polo de conectividade no Nordeste. Atualmente, o RN não possui nenhuma dessas estruturas, enquanto o vizinho Ceará já se consolidou como um hub internacional, com 12 data centers em Fortaleza. A iniciativa potiguar visa aproveitar o grande excedente de energia limpa (eólica e solar) para atrair gigantes da tecnologia, que demandam grande volume de energia para suas operações de inteligência artificial e serviços em nuvem. “O Rio Grande do Norte já fez o dever de casa e está preparado para receber esse tipo de investimento. Temos energia limpa e abundante, áreas estratégicas e uma política estadual em desenvolvimento para atrair data centers”, afirmou Walter Alves. O governo já mapeou 11 áreas prioritárias na costa para a instalação dos cabos. Sérgio Azevedo, da FIERN, reforça a urgência da conectividade. “O Rio Grande do Norte produz quase 10 gigas de eólica e consome apenas um. A forma mais rápida de consumir energia hoje está nos data centers. Para isso, precisamos do cabo submarino”, explicou. Sem a infraestrutura, alertou, é como ser “um time de segunda divisão, tendo jogadores de primeira”. O esforço do RN se alinha à Política Nacional de Cabos Submarinos do governo federal, que incentiva novas rotas fora do eixo tradicional, e à crescente demanda global por infraestrutura, exemplificada pelo “Projeto Waterworth” da Meta, que planeja 50 mil km de cabos conectando cinco continentes.

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Voo da LATAM de Natal para Brasília é cancelado após retornar 18 minutos depois da decolagem

Um voo da LATAM Airlines que partiu de Natal com destino a Brasília, no último sábado (13), precisou ser cancelado após a aeronave retornar ao aeroporto de origem minutos depois da decolagem. O voo LA3497 decolou às 16h07 e pousou em segurança no Aeroporto Internacional de Natal por volta das 16h25, apenas 18 minutos após o início da viagem. Em nota oficial, a LATAM Airlines Brasil informou que o cancelamento foi necessário devido à “necessidade de manutenção corretiva não programada na aeronave”. A companhia aérea não forneceu detalhes sobre qual problema técnico específico motivou o retorno. A empresa afirmou que o pouso ocorreu sem incidentes, garantindo a integridade de todos a bordo. A companhia também informou ter prestado a assistência necessária aos passageiros, incluindo aqueles que tinham conexões, e que todos foram reacomodados no voo LA9000, para o mesmo destino, ainda no sábado.

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RN tem 98% da energia instalada de fontes renováveis, mas falta de transmissão é gargalo para o crescimento

O Rio Grande do Norte se consolida como o estado mais verde do Brasil, com 98,05% de sua potência elétrica instalada vinda de fontes renováveis, como eólica e solar. Os dados, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec/RN), mostram que o estado atingiu a marca de 11,8 GW de potência pronta para produzir energia limpa. A expansão continua, com a previsão de entrada em operação de 17 novos parques eólicos e duas usinas solares ainda em 2025. O boletim da Sedec aponta uma forte aceleração da energia solar, impulsionada pela queda nos custos e maior facilidade de instalação. A expectativa é que a potência solar instalada no estado chegue a 9,4 GW até 2032. Apesar da liderança na geração, o estado enfrenta um gargalo crítico: a falta de infraestrutura de transmissão para escoar toda a energia produzida. Williman Oliveira, presidente da Associação Potiguar de Energias Renováveis (APER), alerta que a situação já causa prejuízos. “Sem esse escoamento sustentável, vamos incorrer no problema de hoje, onde grandes usinas, seja de solar ou eólicas, estão sendo obrigadas a se desligarem nos finais de semana, causando prejuízos incalculáveis. E essa conta pode, ficar certo, quem vai pagar será o consumidor final”, adverte. A solução para o problema depende de investimentos federais. Leilões de transmissão, previstos para outubro deste ano e março de 2026, devem contemplar o estado com novos equipamentos que aumentarão a capacidade da rede elétrica, permitindo que o RN continue a expandir sua liderança na transição energética nacional.

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Após novo deslizamento, MPF dá 15 dias para Prefeitura de Tibau do Sul apresentar plano de manejo das falésias de Pipa

O Ministério Público Federal (MPF) determinou que a Prefeitura de Tibau do Sul tem um prazo de 15 dias para apresentar avanços concretos no plano de manejo das falésias de Pipa, incluindo um estudo sobre a capacidade de carga da região. A medida foi tomada após mais um deslizamento ocorrer no último domingo (7), na Praia do Madeiro, deixando duas pessoas feridas. Após o acidente, a Defesa Civil do município interditou o acesso a cinco chalés de um hotel localizados no topo da falésia que desabou. O episódio reforça os alertas que vêm sendo feitos há anos por órgãos de controle. Relatórios técnicos do Idema, desde 2017, já apontavam que as praias de Pipa representam “risco iminente à vida humana” devido à erosão avançada e à ocupação irregular. O MPF informou que o município já havia se comprometido a elaborar o plano de manejo e o estudo de capacidade em 2021, mas até agora não houve uma solução definitiva. As ações cobradas incluem fiscalização periódica, ordenamento de barracas e a instalação de depósitos adequados para resíduos. O Projeto Falésias, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), também foi acionado para fornecer um parecer técnico sobre as medidas urgentes e estruturais que devem ser adotadas para garantir a segurança de turistas e trabalhadores na área.

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Integrantes do MLB invadem e ocupam prédio da antiga Secretaria de Tributação em Natal

Integrantes do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) invadiram e ocuparam, na madrugada deste domingo (7), o prédio da antiga Secretaria Municipal de Tributação (Semut), na Cidade Alta, em Natal. A ação faz parte de uma jornada nacional de lutas do movimento, que marca o feriado de 7 de Setembro com ocupações em diversas cidades do país para denunciar o déficit habitacional. De acordo com o MLB, o imóvel, localizado na Praça do Estudante, está abandonado há 11 anos. Antes de ser sede da Semut, o prédio abrigou a Faculdade de Odontologia da UFRN. “É preciso questionar que independência conquistamos se milhões de famílias seguem sem acesso à moradia digna e à alimentação adequada”, afirmou a organização em nota. O grupo batizou a ocupação de “Palestina Livre”, em um ato de solidariedade ao povo palestino. Segundo o movimento, a luta por moradia no Brasil está conectada à defesa da justiça social e da soberania dos povos em todo o mundo.

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Reservatórios do RN estão com 45,72% da capacidade total, mas 11 mananciais seguem em volume crítico

O Instituto de Gestão das Águas do Rio Grande do Norte (Igarn) divulgou um novo relatório sobre a situação dos reservatórios do estado, que aponta um volume acumulado de 45,72% da capacidade total de armazenamento. O volume corresponde a mais de 5,2 bilhões de metros cúbicos de água nos 69 mananciais monitorados. As maiores barragens do estado operam com mais da metade de sua capacidade. A Armando Ribeiro Gonçalves, em Assú, está com 54,72%; Santa Cruz do Apodi, com 62,67%; e Umari, em Upanema, com 65,02%. Em contraste, a barragem de Oiticica, em Jucurutu, projetada para receber as águas da transposição do São Francisco, acumula apenas 13,89% de seu volume. Apesar do cenário geral, o levantamento acende um alerta para a situação de 11 reservatórios que estão em nível crítico, com menos de 10% da capacidade. Os casos mais graves são o açude Itans, em Caicó, com apenas 0,17% do volume, e Passagem das Traíras, em São José do Seridó, com 0,03%, ambos considerados praticamente secos. Por outro lado, as lagoas monitoradas na região Leste apresentam uma realidade oposta. As lagoas do Jiqui e do Pium estão com 100% de sua capacidade, enquanto Extremoz registra 99,01%. O Igarn reforça que a situação hídrica geral exige atenção, especialmente nas regiões abastecidas pelos mananciais em estado crítico.

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