Um júri popular realizado nesta quinta-feira (18), em Natal, condenou Victor Wander Ribeiro de Souza Silva a uma pena total de 21 anos, oito meses e 22 dias de reclusão e detenção pelo assassinato e decapitação de seu pai, Wanderly Ribeiro de Souza. O crime, que chocou a cidade, ocorreu em novembro de 2024 no conjunto Potilândia. Victor foi condenado a 20 anos e dois meses por homicídio duplamente qualificado, considerando o uso de meio cruel e a impossibilidade de defesa da vítima. A pena foi aumentada pelo fato de o crime ter sido cometido em praça pública, à luz do dia, e por a vítima ser idosa. Ele também recebeu uma pena adicional de mais de um ano e meio por vilipêndio a cadáver e resistência à prisão. A Justiça determinou a execução imediata da condenação em regime inicial fechado, e o réu, que já estava preso preventivamente, seguirá detido. Relembre o caso Em 19 de novembro de 2024, Victor Wander assassinou o próprio pai a facadas em uma praça no bairro de Lagoa Nova. Após o homicídio, ele decapitou a vítima e carregou a cabeça dentro de uma mochila até o túnel da UFRN. Ao ser abordado pela Polícia Militar, ele teria acendido fogos de artifício contra os agentes e foi baleado na perna antes de ser preso.

A Justiça do Rio Grande do Norte decretou a prisão preventiva de João Batista Jorge de Torres, de 37 anos, motorista que atropelou e matou o motoboy por aplicativo Rafael Soares da Silva, de 32 anos, na noite do último domingo (14), na Avenida João Medeiros Filho, Zona Norte de Natal. De acordo com a polícia, o acusado dirigia sob efeito de álcool e não possuía Carteira Nacional de Habilitação (CNH). João Batista foi preso em flagrante logo após o acidente. Na audiência de custódia, realizada na segunda-feira (15), o juiz Pedro Paulo Falcão Júnior converteu a prisão em flagrante para preventiva. A decisão foi fundamentada na necessidade de garantir a ordem pública e o andamento regular do processo criminal. A vítima morreu no local da colisão. Relatos indicam que, momentos antes do atropelamento fatal, o motorista já teria se envolvido em uma discussão com outro motociclista em um semáforo na Estrada da Redinha. Com a decisão, João Batista permanecerá preso enquanto aguarda o julgamento.

A Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Norte (OAB/RN) já registrou 236 denúncias do chamado “golpe do falso advogado” até o início de setembro. O crime, que tem se tornado cada vez mais comum no estado, consiste na ação de golpistas que se passam por advogados para extorquir dinheiro de pessoas que possuem processos na Justiça, sob a falsa promessa de liberar valores mediante o pagamento de supostas “custas”. O esquema geralmente envolve o uso indevido de informações processuais. Os criminosos entram em contato com as vítimas por telefone ou mensagens, criam um senso de urgência e exigem depósitos em contas de terceiros. Para combater a fraude, a OAB/RN, em conjunto com o Conselho Federal, está realizando campanhas de orientação e atuando em várias frentes. “Além de um trabalho de orientação, estamos em contato direto com a Polícia Civil, que está responsável pelas investigações, e com os tribunais, que buscam soluções para ampliar a segurança no acesso aos sistemas judiciários”, afirma o presidente da OAB/RN, Carlos Kelsen. Todas as denúncias recebidas pela Ouvidoria da OAB/RN são encaminhadas para a Delegacia de Crimes Cibernéticos. A Ordem também busca, junto ao Tribunal de Justiça do RN (TJRN), a implementação de medidas que reforcem a segurança do sistema PJe para evitar o vazamento de dados. A natureza interestadual do crime foi confirmada em uma operação da Polícia Civil de Santa Catarina, que cumpriu mandados no Rio Grande do Norte, revelando a atuação de grupos organizados.

Um adolescente de 15 anos foi apreendido por porte ilegal de arma de fogo na noite da última sexta-feira (29), no município de São José de Mipibu, na Grande Natal. A ação foi realizada pela 8ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM). Segundo o boletim da PM, a apreensão ocorreu por volta das 19h, quando uma equipe realizava patrulhamento no distrito do Arenã. Os policiais avistaram dois homens em uma motocicleta, ambos sem capacete, e decidiram realizar a abordagem por infração de trânsito. Durante a revista, o condutor se identificou como mototaxista e informou que o jovem era seu passageiro. Nada de ilícito foi encontrado com o motorista, mas, na busca pessoal feita no adolescente, os militares localizaram uma pistola de fabricação artesanal, que estava municiada. Diante do flagrante, o adolescente foi encaminhado para a Delegacia de Plantão de Parnamirim. Ele foi autuado por ato infracional análogo ao crime de porte ilegal de arma de fogo e ficou à disposição da Justiça.