A Justiça do Rio Grande do Norte deu início, na última terça-feira (19), ao interrogatório dos 15 acusados pelas mortes ocorridas durante o massacre de Alcaçuz, em janeiro de 2017. A rebelião, considerada a mais violenta da história do sistema prisional potiguar, deixou um saldo oficial de 27 presos mortos. As audiências de instrução, que definirão se os réus irão a júri popular, estão sendo conduzidas pela Unidade Judiciária de Delitos de Organizações Criminosas (Ujudocrim). A expectativa é que os 14 réus presentes (um está foragido) sejam ouvidos até o final desta semana. O processo, que corre em segredo de justiça, já ouviu sete das 36 testemunhas arroladas. Após a conclusão desta fase, será aberto o prazo para as alegações finais da acusação e da defesa, antes da decisão do juiz sobre a pronúncia dos réus. O massacre de Alcaçuz foi motivado por uma disputa entre as facções rivais PCC e Sindicato do Crime do RN. Além das mortes, a rebelião resultou na destruição de parte do presídio e no desaparecimento de presos.  

O RIO GRANDE DO NORTE REGISTROU UMA TENTATIVA DE FRAUDE DIGITAL A CADA 2,7 MINUTOS NO MÊS DE ABRIL, UMA DAS MAIORES TAXAS DO NORDESTE. UM LEVANTAMENTO DA SERASA EXPERIAN MOSTROU QUE O ESTADO TEVE UM AUMENTO DE 34,5% NA VARIAÇÃO ANUAL DE TENTATIVAS DE GOLPE, OCUPANDO A QUARTA POSIÇÃO NO RANKING REGIONAL. SEGUNDO ESPECIALISTAS, OS CRIMINOSOS TÊM USADO INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL DE FORMA CADA VEZ MAIS SOFISTICADA PARA CRIAR PERFIS FALSOS E CONTEÚDOS DE PHISHING PERSONALIZADOS, INCLUINDO DEEPFAKES. O SETOR DE BANCOS E CARTÕES É O MAIS VISADO, CONCENTRANDO 54,2% DAS TENTATIVAS DE FRAUDE NO BRASIL. A FAIXA ETÁRIA MAIS ATINGIDA É A DE 36 A 50 ANOS, MAS A PESQUISA REVELA UM AUMENTO PREOCUPANTE DOS GOLPES CONTRA JOVENS DE ATÉ 25 ANOS. OS CRIMINOSOS SE APROVEITAM DO LONGO TEMPO ONLINE E DA MENOR PERCEPÇÃO DE RISCO DESSA FAIXA ETÁRIA. ADVOGADOS ALERTAM QUE A FALTA DE UMA CULTURA DE PROTEÇÃO DE DADOS NO PAÍS E O DESCONHECIMENTO SOBRE A LEGISLAÇÃO DIFICULTAM A PUNIÇÃO DOS INFRATORES E O ACESSO DAS VÍTIMAS AOS SEUS DIREITOS.

Um motorista de 26 anos ficou ferido após colidir com um cavalo que estava solto na BR-406, em Ceará-Mirim, na Grande Natal. O acidente, ocorrido na madrugada do último sábado (2), chocou pela força do impacto: o animal quebrou o para-brisa e foi arremessado para dentro do veículo, morrendo no local. Segundo testemunhas, o acidente aconteceu por volta das 4h da manhã, quando o cavalo atravessou a rodovia de forma repentina, não dando tempo para que o condutor desviasse. Com a colisão, o carro saiu da pista e só parou próximo a uma caixa d’água na entrada da comunidade Terra da Santa. O motorista foi socorrido e levado para o Hospital Municipal de Ceará-Mirim e, em seguida, transferido para o Hospital Walfredo Gurgel, em Natal. Após passar por exames, ele recebeu alta no início da tarde do mesmo dia. O caso reacende o alerta para o perigo constante de animais soltos nas rodovias do Rio Grande do Norte.

O Rio Grande do Norte enfrenta um grave avanço nos casos de feminicídio, com o registro de uma mulher assassinada a cada três semanas, totalizando 10 vítimas de janeiro a julho de 2025. A situação reflete um cenário nacional alarmante, com o Brasil atingindo a marca de 1.492 feminicídios no último ano, o maior número desde 2015. A grande maioria desses crimes acontece dentro das residências das vítimas e tem como autores seus atuais ou ex-companheiros, sendo as mulheres negras as principais vítimas. O recente caso de Juliana Soares, agredida em um elevador em Natal, é um exemplo emblemático da escalada da violência de gênero. Especialistas apontam que essa violência é uma reação machista ao crescente empoderamento feminino e é frequentemente alimentada por discursos de ódio. A falta de delegacias especializadas em número suficiente e a necessidade urgente de incluir a discussão sobre gênero e racismo no sistema educacional são apontados como desafios cruciais no combate ao feminicídio, exigindo políticas públicas mais eficazes.

Um homem de 29 anos foi preso preventivamente por tentativa de feminicídio após agredir violentamente a mulher com quem mantinha um relacionamento, desferindo mais de 60 socos contra ela dentro do elevador de um condomínio em Ponta Negra, na Zona Sul de Natal. A agressão, ocorrida na tarde do último sábado (26), foi inteiramente registrada pelas câmeras de segurança do prédio. As imagens mostram o casal discutindo e, assim que a porta do elevador se fecha, o homem encurrala a vítima e inicia uma sequência brutal de socos, mesmo com ela já caída no chão. Ele foi detido pelos seguranças do condomínio e preso em flagrante pela Polícia Militar. À polícia, o agressor alegou que teve um “surto de claustrofobia” após descobrir uma suposta traição. A vítima, no entanto, afirmou que o motivo foi ciúmes. Ela foi socorrida e encaminhada ao Hospital Walfredo Gurgel, onde foram constatadas múltiplas fraturas no rosto, com necessidade de cirurgia. O caso ocorre em um contexto de alta na violência contra a mulher no estado e no país. De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Rio Grande do Norte registrou um aumento de 10% nos casos de feminicídio em 2024, enquanto os registros de violência doméstica subiram 7,5%. Em nível nacional, o Brasil bateu um novo recorde, com 1.492 mulheres assassinadas por sua condição de gênero no último ano.