A sede das Nações Unidas, em Nova York, sedia a partir desta segunda-feira (28) uma conferência internacional de alto nível para tentar relançar a “solução de dois Estados” como caminho para a paz entre Israel e Palestina. O encontro, que vai até terça-feira (29) e é copresidido pela França e pela Arábia Saudita, reúne representantes de diversos países, incluindo o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Rangel.
A reunião, originalmente prevista para junho, mas adiada devido à guerra entre Israel e Irã, ocorre em um momento de crescente pressão internacional. Dias antes do evento, o presidente francês, Emmanuel Macron, informou que seu país anunciará em setembro, durante a Assembleia-Geral da ONU, o reconhecimento oficial do Estado da Palestina.
A iniciativa francesa se soma a um movimento global: 142 dos 193 países-membros da ONU já reconhecem o Estado palestino.
O pano de fundo da conferência é a grave catástrofe humanitária na Faixa de Gaza. A ONU e outras organizações alertam para a fome generalizada no enclave, onde mais de 120 pessoas, incluindo crianças, já morreram por desnutrição desde o início da ofensiva israelense em outubro de 2023.


