Delegações da Ucrânia e da Rússia voltaram à mesa de negociações nesta quarta-feira (23), em Istambul, na Turquia, em mais uma tentativa de buscar um cessar-fogo para o conflito. No entanto, o encontro começou com baixas expectativas de ambos os lados, com o Kremlin afirmando publicamente que não se devem esperar “progressos milagrosos”.
A reunião ocorre sob a sombra de um ultimato do presidente norte-americano, Donald Trump, que ameaçou a Rússia com sanções severas caso um acordo não seja alcançado em 50 dias.
As posições de Kiev e Moscou permanecem “diametralmente opostas”. A Rússia exige a cessão dos territórios que ocupa, a neutralidade militar da Ucrânia (não adesão à OTAN) and o fim do fornecimento de armas ocidentais. Já a Ucrânia exige a retirada completa das tropas russas, garantias de segurança ocidentais e a continuidade do apoio militar.
Apesar do impasse sobre os temas centrais, diplomatas admitem que a reunião pode render avanços em questões humanitárias. O porta-voz russo, Dmitry Peskov, mencionou a possibilidade de acordos sobre a troca de prisioneiros e de corpos de soldados mortos. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também espera discutir o repatriamento de crianças. Enquanto as conversas acontecem, os combates continuam intensos no front.


