O Rio Grande do Norte enfrenta um grave avanço nos casos de feminicídio, com o registro de uma mulher assassinada a cada três semanas, totalizando 10 vítimas de janeiro a julho de 2025. A situação reflete um cenário nacional alarmante, com o Brasil atingindo a marca de 1.492 feminicídios no último ano, o maior número desde 2015. A grande maioria desses crimes acontece dentro das residências das vítimas e tem como autores seus atuais ou ex-companheiros, sendo as mulheres negras as principais vítimas.
O recente caso de Juliana Soares, agredida em um elevador em Natal, é um exemplo emblemático da escalada da violência de gênero. Especialistas apontam que essa violência é uma reação machista ao crescente empoderamento feminino e é frequentemente alimentada por discursos de ódio.
A falta de delegacias especializadas em número suficiente e a necessidade urgente de incluir a discussão sobre gênero e racismo no sistema educacional são apontados como desafios cruciais no combate ao feminicídio, exigindo políticas públicas mais eficazes.


