NATAL
29 de novembro de 2025 07:31

Economia

Estudo do BNDES aponta que Natal pode ganhar 73 km de novas linhas de transporte de alta capacidade

A Região Metropolitana de Natal pode receber uma expansão de 73 quilômetros em sua malha de transporte público de média e alta capacidade, como BRTs (Bus Rapid Transit) e corredores exclusivos de ônibus. A projeção faz parte do Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU), realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em parceria com o Ministério das Cidades. O estudo, que avaliou o potencial de 21 regiões metropolitanas brasileiras, detalha que a expansão em Natal seria dividida em 49 km de corredores de BRT e 24 km de novas faixas exclusivas para ônibus. O objetivo é ampliar o acesso da população ao transporte coletivo de qualidade, melhorar a fluidez do trânsito e reduzir o tempo de deslocamento. A projeção para a implantação completa da nova rede é o ano de 2054. Apesar do potencial, o estudo do BNDES também aponta para os desafios de financiamento. Para que projetos dessa magnitude se tornem realidade, muitas vezes é necessária uma contrapartida do poder público. “Se o preço da passagem não for suficiente para sustentar o projeto, às vezes é preciso ter uma contraprestação pública. O governo tem que fazer algum aporte”, destaca o diretor do estudo, ao analisar a viabilidade dos projetos em todo o país.

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Streaming já está em 43,4% das casas com TV no Brasil; TV por assinatura encolhe para 24,3%

O streaming se consolidou como a principal forma de acesso a conteúdo pago na televisão brasileira, estando presente em 43,4% dos domicílios (32,7 milhões de lares), quase o dobro da penetração da TV por assinatura, que caiu para 24,3% (18,2 milhões). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) do IBGE, referentes ao último trimestre de 2024. A pesquisa revela uma queda expressiva da TV paga: entre 2016 e 2024, o número de lares com o serviço diminuiu de 22,2 milhões para 18,2 milhões. Mais reveladora é a mudança na justificativa para não assinar: se em 2016 o principal motivo era o preço (56,1%), em 2024 a falta de interesse se tornou a principal razão (58,4%), o que sinaliza uma profunda mudança nos hábitos de consumo de entretenimento. Enquanto a TV paga encolhe, o streaming cresce. O número de lares com acesso a plataformas como Netflix, Globoplay e outras subiu de 31 milhões em 2022 para 32,7 milhões em 2024. O acesso, no entanto, ainda reflete a desigualdade social do país. A renda média em lares com streaming (R$ 2.950) é mais que o dobro da registrada em lares sem o serviço (R$ 1.390). Regionalmente, as regiões Sul e Sudeste têm maior adesão, enquanto o Nordeste apresenta o menor índice, com apenas 30,1% dos domicílios com acesso a plataformas de streaming.

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RN é o 5º estado mais exposto à nova tarifa dos EUA; setores preveem perdas e risco a 21 mil empregos

O Rio Grande do Norte será o quinto estado brasileiro mais impactado pela nova tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Com 15,3% de todas as suas exportações destinadas ao mercado americano no primeiro semestre de 2025, a medida ameaça setores estratégicos da economia potiguar, como a pesca, o petróleo e a indústria salineira, e pode colocar em risco até 21 mil empregos, segundo estimativas da Fiern. A preocupação é agravada pelo fato de as exportações do RN para os EUA estarem em plena expansão, com um crescimento de 120% no primeiro semestre. Segundo dados do MDIC, as vendas de petróleo para o mercado americano, por exemplo, saltaram de US$ 4 milhões para US$ 24,3 milhões no período. O impacto é considerado ainda mais crítico para setores específicos. A exportação de atum, que é quase 100% destinada ao mercado americano, pode ter perdas anuais de R$ 280 milhões, segundo o Sindipesca-RN, que já relata a paralisação do envio de pescado congelado. A indústria salineira, que exporta 25% de sua produção para os EUA, também vê como “impossível” continuar as vendas. Já o setor de petróleo estima perdas anuais de R$ 111 milhões, segundo a ABPIP. Diante da crise, o setor produtivo e o Governo do Rio Grande do Norte estão se mobilizando e pedem uma solução diplomática urgente. Entidades locais e nacionais, como a Fiern e a CNI, manifestaram surpresa e pediram que o Governo Federal intensifique as negociações com a gestão de Donald Trump para reverter a tarifa.

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Prefeitura do Natal inicia reformas na Praça da Árvore de Mirassol e no Mercado das Quintas

A Prefeitura de Natal deu início a duas importantes obras de revitalização na cidade, com a assinatura dos contratos para a reforma da Praça da Árvore de Mirassol e do Mercado das Quintas. Os projetos visam modernizar e dar novas funcionalidades aos espaços, atendendo a antigas demandas da população e dos frequentadores. A principal intervenção ocorrerá na Praça da Árvore de Mirassol, um dos principais cartões-postais da cidade. O projeto prevê a construção de um novo pavilhão com estrutura permanente, projetado para abrigar eventos durante todo o ano, e não apenas no período natalino. Segundo o prefeito Paulinho Freire, o investimento otimizará os recursos públicos, que antes eram gastos anualmente com o aluguel de estruturas temporárias. A expectativa é que a obra seja concluída e entregue antes do Natal deste ano. Já no Mercado das Quintas, a reforma, com prazo de conclusão de três meses, incluirá a revisão de toda a parte elétrica, uma nova pintura e a construção de um palco coberto, atendendo a um pedido da comunidade local para a realização de eventos culturais no espaço.

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Exigir valor mínimo para pagamento com cartão é prática ilegal e abusiva, alerta Procon Natal

O Procon de Natal emitiu, nesta terça-feira (22), uma nota técnica para orientar consumidores e comerciantes sobre a ilegalidade da prática de exigir um valor mínimo para compras pagas com cartões de débito ou crédito. Segundo o órgão, a imposição de um piso para esse tipo de pagamento é considerada uma prática comercial abusiva. De acordo com o Procon, a exigência fere diretamente o Código de Defesa do Consumidor (CDC), que proíbe o fornecedor de se recusar a atender às demandas dos clientes. A justificativa comum dos lojistas, de que a medida serve para cobrir os custos operacionais com as administradoras de cartão, não é considerada válida, pois a decisão de aceitar cartões é do próprio comerciante, e o ônus não pode ser repassado ao consumidor de forma irregular. A nota reforça ainda que uma circular do Banco Central do Brasil (nº 3.682/2013) já determina que os estabelecimentos credenciados devem aceitar o pagamento com cartão independentemente do valor da compra. O Procon Natal alerta que os fornecedores que continuarem com a prática estarão sujeitos às sanções administrativas previstas no CDC, que podem incluir multas e outras penalidades. O órgão recomenda que os comerciantes se adequem à legislação para evitar autuações.

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Nordeste ultrapassa Sul e se torna 2ª maior força de consumo do Brasil, aponta estudo; Natal é a 7ª capital da região com maior potencial

A região Nordeste superou a Sul e se tornou o segundo maior mercado consumidor do Brasil, com 18,6% de participação no consumo nacional. O dado, que aponta para um potencial de consumo de R$ 31,6 bilhões em Natal, faz parte do estudo IPC Maps 2025, divulgado na última quinta-feira (10). A capital potiguar ocupa a 7ª posição entre as cidades nordestinas com maior poder de compra. De acordo com Marcos Pazzini, sócio da IPC Marketing, responsável pelo estudo, a ascensão do Nordeste é explicada por dois fatores principais: as enchentes que prejudicaram a economia do Rio Grande do Sul em 2024 e o fortalecimento do turismo na região nordestina, impulsionado pelo dólar alto, que atrai tanto brasileiros quanto estrangeiros. O estudo aponta que, em Natal, os maiores gastos da população se concentram em habitação (R$ 5,65 bilhões anuais), veículos próprios (R$ 3,83 bilhões) e alimentação no domicílio (R$ 3,79 bilhões). No ranking estadual, o Rio Grande do Norte é o 19º do país, com um potencial de consumo de R$ 101,8 bilhões. Parnamirim e Mossoró vêm logo atrás de Natal como as cidades com maior poder de compra no estado. Apesar dos números positivos, o presidente da Fecomércio-RN, Marcelo Queiroz, faz um alerta. Segundo ele, embora o estado tenha tido um forte crescimento em 2024, o Rio Grande do Norte “vem perdendo fôlego no 2º trimestre” de 2025. “O alto endividamento das famílias potiguares, aliado ao aumento da carga tributária estadual, tem tirado poder de compra da população local”, avalia Queiroz, projetando um crescimento para o estado menor que a média brasileira.

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